Sussurros da Floresta

Era uma noite escura e silenciosa em Envira, e a atmosfera estava carregada de mistério. A cidade, cercada pela densa floresta amazônica, parecia mais sombria do que nunca. Os moradores se preparavam para o Halloween, mas naquela sexta-feira 13, algo sinistro pairava no ar.

Na praça central, as crianças se reuniram para contar histórias de terror. Um velho pescador, conhecido por suas histórias assustadoras, decidiu participar. Ele falou sobre uma lenda antiga que circulava entre os ribeirinhos: dizia-se que, em noites como aquela, a floresta ganhava vida e criaturas sombrias saíam à procura de almas perdidas.

Enquanto o pescador narrava suas histórias, um vento gelado soprou pela praça, apagando as lanternas e fazendo as sombras dançarem. A tensão aumentou quando alguns moradores relataram que haviam visto figuras estranhas se movendo entre as árvores. A ansiedade tomou conta da cidade. Muitos começaram a se perguntar se a lenda era verdadeira.

Naquela mesma noite, um grupo de adolescentes decidiu explorar a floresta para provar que não havia nada a temer. Armados com lanternas e coragem, eles adentraram na escuridão. À medida que se afastavam da cidade, os sons da natureza foram silenciados. O único barulho era o crepitar das folhas sob seus pés.

De repente, eles ouviram um sussurro vindo de trás de uma árvore: “Voltem… antes que seja tarde demais.” O grupo parou em choque, mas um deles, mais ousado, decidiu seguir o som. Ao virar a esquina da árvore, encontrou uma figura encapuzada com olhos brilhantes que pareciam hipnotizá-lo.

A figura apontou para a floresta e sussurrou novamente: “Aqui estão os perdidos”. Nesse momento, o grupo percebeu que não estavam sozinhos; sombras começaram a emergir das árvores, cercando-os lentamente. O pânico se instalou e eles correram de volta para a cidade.

Ao chegarem à praça ofegantes e apavorados, contaram suas experiências. O velho pescador sorriu sombriamente e disse: “A floresta sempre guarda seus segredos. Esta noite é apenas uma lembrança do que pode acontecer quando se desafia o desconhecido.”

Naquela sexta-feira 13 em Envira, muitos aprenderam que nem todas as lendas são apenas histórias; algumas são avisos para aqueles que ousam desrespeitar os mistérios da natureza. E assim, ao amanhecer do dia seguinte, a cidade despertou com um sentimento de alívio... mas também com um leve medo do que poderia estar à espreita na floresta à noite.

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